O Radar Agtech Brasil é um estudo que disponibiliza amplo mapeamento das startups que operam no agronegócio em segmentos antes, durante e depois da fazenda, e nas mais diversas cadeias produtivas e seus elos, servindo como fonte para pesquisas e criação de políticas públicas, para apoio na tomada de decisões em diversas esferas do ecossistema, além de buscar novos investidores e parcerias entre os empreendedores e a adoção de soluções tecnológicas.
Confira abaixo, um resumo dos principais dados do Radar!
1. Número de agtechs mapeadas
O Radar Agtech Brasil 2023 identificou 1.953 agtechs, 82,8% do total mapeado, concentradas principalmente nas regiões Sudeste (56,9%) e Sul (26%) do País.
Embora, globalmente, o montante de agtechs ativas mapeadas em 2023 seja 14,7% superior ao valor da edição de 2022 do Radar Agtech Brasil, verifica-se uma leve tendência de desconcentração do Sudeste, ao passo que a região Norte teve um crescimento expressivo, saindo de 1,5% em 2022 para 5,9% em 2023.
Figura 1 - Distribuição das agtechs por região e unidade federativa
2. Fintechs do Agro estão entre as 3 categorias com maior investimento
Gráfico 1 - Panorama de Investimentos em agtechs – Local e América Latina
O interesse dos investidores por Marketplaces Agrícolas e startups de Fintech ficou em terceiro lugar, arrecadando 73% a mais em 2022 ($191 milhões) do que em 2021 ($110 milhões), embora com menor número de rodadas.
As startups dessa categoria têm como objetivo disponibilizar uma ampla gama de insumos e ferramentas de financiamento para agricultores e cadeia agrícola.
Isso é particularmente forte na região da América Latina, especialmente em mercados como o Brasil, que tinha US$ 75 bilhões em linhas de crédito de capital de giro disponíveis em 2022, todas as quais foram utilizadas.
3. Paraná está entre os estados com Startups com maior nível de maturidade
Figura 2 - Nível de maturidade por estado
4. Empreendedorismo feminino no Agro: Agtech
No âmbito de mulheres no empreendedorismo das agtechs, por meio dos dados da base do Radar Agtech Brasil 2023 e de uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), foi possível identificar que, do total de agtechs, 36,4% possuem ao menos uma mulher em sua estrutura societária, isto é, em 711 startups analisadas há mulheres como sócias.
Gráfico 2 - Quantidade de mulheres na sociedade
Ainda que, em tese, as etapas da jornada empreendedora sejam as mesmas tanto para os homens quanto para as mulheres, ao longo do desenvolvimento do negócio, a sobrevivência das empresas dirigidas por mulheres passa por mais desafios e dificuldades. Ainda assim, há crescimento no número de mulheres que se tornam líderes em seus negócios (Selvi, Jegan, 2023).
Dados do mercado brasileiro apontam que o país possui 22.347 startups organizadas em 78 comunidades, em 787 municípios (STARTUPBASE, 2022).
Destas, apenas 16,9% são fundadas por mulheres. Na análise da base de Agtechs, startups especializadas em desenvolver soluções para o agronegócio, este número cai para 5,1%.
Na edição de 2022 do Radar Agtech Brasil, foram apresentados diversos desafios enfrentados pelas mulheres no mundo dos negócios, sendo alguns deles: a falta de apoio do entorno (amigos e família); o pouco tempo para se dedicar ao empreendimento em função de ser a principal responsável pelas atividades domésticas; o machismo; a dificuldade de ser ouvida e ter que lidar com a síndrome de impostora.
Para superar desafios comuns para mulheres empreendedoras, diversos coletivos femininos têm sido criados no Brasil.
5. Número de AgTechs por segmento
Tabela 1 - Número de AgTechs por seguimento: antes, dentro e depois da fazenda
Os dados de 2023 na Tabela 1 mostram a manutenção do equilíbrio entre startups atuando “dentro” e “depois” da fazenda, ambas com cerca de 40% de participação.
Além disso, depois da queda no percentual de agtechs atuando “antes”, o segmento recuperou espaço mais uma vez em 2023, aproximando-se do valor percentual de 2019, agora com aproximadamente 17%.
A atividade empreendedora é primordialmente o que possibilita a resolução de problemas, deveras complexos, relacionados ao agronegócio, assim como o surgimento de novas oportunidades de crescimento do setor. Há instrumentos de fomento e apoio em uma base avantajada no Brasil.
Portanto, o foco passa a ser em motivar novas agtechs e promover oportunidades de qualificação para aspirantes a empreendedores e empreendedores incumbentes, a fim de que estejam capacitados a aproveitar e ao mesmo tempo criar novas oportunidades para o crescimento setor por meio de empreendimentos de alta tecnologia.
Fonte: Radar Agtech 2023
Essas e outras informações completas você encontra AQUI.
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